Mais de 530 mil bens pendentes de aquisição no Sistema de Consórcios acumulam acima de R$ 34 bilhões até abril

Em maio, o Sistema fecha com crescimento de 15% nas vendas de novas cotas e mais de 26% nos negócios

Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios ( Divulgação ABAC )

O consórcio realiza objetivos com custos menores e possibilidade de pagamento mensal das parcelas em virtude de prazos mais longos, diz Rossi.

Atibaia, SP, 01/07/2019 –

Dados recentes levantados pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios junto ao Banco Central do Brasil mostram que há aproximadamente 535 mil consorciados contemplados que ainda não adquiriram bens ou contrataram serviços.

O total dos créditos disponíveis até abril, relativos a esses bens pendentes de aquisição, somam R$ 34,36 bilhões, incluindo imóveis, com R$ 16,08 bilhões, veículos automotores, com R$ 18,14 bilhões, e outros, com R$ 144,76 milhões.

Por setor e por volume de créditos, observa-se a maior presença dos imóveis, com R$ 16,08 bilhões, seguido dos veículos leves, com R$ 12,24 bilhões e pelos veículos pesados, com R$ 4,59 bilhões.

Os veículos leves lideram com 291,27 mil por setor e pela quantidade de consorciados contemplados. Na sequência, vieram os imóveis, com 103,49 mil, e as motocicletas, com 99,68 mil.

Na comparação por valor médio dos bens, os veículos pesados estão em primeiro lugar, com R$ 204,40 mil, ficando os imóveis em segundo, com R$ 155,35 mil, e os veículos leves em terceiro, com R$ 42,04 mil.

Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, “os dados sinalizam dois aspectos importantes. O primeiro aponta um volume financeiro significativo de participação da modalidade nos diversos elos da cadeia produtiva, com destaque para os segmentos automotivo e imobiliário. O segundo indica a liberdade proporcionada pelo Sistema para utilização do crédito pelo participante e a certeza que, enquanto não houver uso, o valor fica aplicado em títulos de acordo com a legislação.”

O Sistema de Consórcios é uma modalidade de autofinanciamento que representou 3,3% do Produto Interno Bruto de 2018, resultado da relação de R$ 228 milhões de Ativos Administrados sobre R$ 6,8 trilhões do PIB, que valida sua relevante presença nas atividades econômicas do país.

NOS CINCO PRIMEIROS MESES DO ANO, NEGÓCIOS E ADESÕES CRESCEM

Nos cinco primeiros meses do ano, o Sistema de Consórcios apresentou alta de 15% no acumulado de adesões de janeiro a maio deste ano com 1,16 milhão em comparação ao mesmo período de 2018, quando somaram 1,01 milhão.

Os negócios alcançaram R$ 50,19 milhões (jan-mai/2019), registrando aumento de 26,7% sobre os R$ 39,61 milhões anteriores (jan-mai/2018).

Os créditos concedidos aos contemplados atingiram R$ 17,28 bilhões, 3,2% mais que os R$ 16,75 bilhões anotados há um ano. O acumulado de contemplações totalizou 506 mil (jan-mai/2019), 1,9% maior que as 496,5 mil passadas (jan-mai/2018).

Para Rossi, “do constante crescimento das adesões à modalidade, depreende-se uma consolidação de um comportamento cada vez mais consciente do consumidor quando pretende adquirir bens ou contratar serviços com planejamento, aderindo ao mecanismo. O consórcio não apenas realiza o objetivo como proporciona economia com custos finais menores e possibilidade de pagamento das parcelas em virtude de prazos mais longos”.

Em maio, o Sistema de Consórcios contabilizou 7,263 milhões de participantes ativos 3,7% acima dos 7,007 milhões do mesmo mês no ano passado.

O maior número de consorciados ativos estava em Veículos Leves com 50,9%. Na sequência estiveram: Motocicletas e Motonetas, com 30%, Imóveis, com 12,7%, Veículos Pesados, com 4,4%, Serviços, com 1,3%, e Eletroeletrônicos e Outros Bens Móveis duráveis, com 0,7%.

RESUMO GERAL E SETORIAL DAS VENDAS DE NOVAS COTAS

JANEIRO-MAIO DE 2019 X 2018

Os indicadores setoriais e geral das vendas de novas cotas de janeiro a maio assinalaram ampliações nos acumulados de adesões do consumidor ao consórcio, tanto para bens imóveis ou móveis duráveis como para serviços.

Os desempenhos, setor a setor, assinalaram 515 mil novas cotas vendidas de veículos leves, 444,5 mil de motocicletas, 121,5 mil de imóveis, 32,4 mil de veículos pesados, 28,3 mil de serviços e 18,8 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, totalizando 1,16 milhão de adesões.

Estes volumes propiciaram crescimento nos seis setores: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (71,7%), serviços (58,1%), veículos pesados (44,6%), imóveis (22,7%), motocicletas (13,8%) e veículos leves (10,3%). Com os aumentos apontados em veículos leves, veículos pesados e motocicletas, o segmento de automotores registrou alta de 12,7%.

VEÍCULOS AUTOMOTORES EM GERAL, NEGÓCIOS NO SETOR CRESCEM MAIS DE 23%

No quinto mês do ano, os indicadores do setor de automotores, que inclui Veículos Leves, Veículos Pesados e Motocicletas anotaram resultados expressivos.

O total de participantes cresceu 2,4% e saltou de 6,049 milhões (maio/2018) para 6,194 milhões (maio/2019).

Enquanto as adesões aumentaram 12,7%, acumulando 991,9 mil sobre 880,15 mil, na comparação dos períodos de janeiro a maio de 2019 X 2018, os negócios correspondentes avançaram 23,6%, de R$ 26,02 bilhões para R$ 32,17 bilhões.

As contemplações mostraram estabilidade no período em 457 mil, porém com alta de 2,2% nos créditos concedidos aos consorciados, potencialmente injetados no setor automobilístico, em pouco mais de R$ 14 bilhões.

IMÓVEIS, QUASE UM MILHÃO DE PARTICIPANTES

No setor de imóveis, o volume de consorciados ativos, que caminha para o milhão, atingiu 925 mil em maio, 7,3% mais que os 862 mil daquele mês no ano passado.

Com alta de 8,5%, o tíquete médio mensal, que era de R$ 136,9 mil, alcançou R$ 148,5 mil e contribuiu para o aumento de 32% dos créditos comercializados no acumulado do período. A soma registrou R$ 17,69 bilhões (jan-mai/2019) quando antes era de R$ 13,40 bilhões (jan-mai/2018)

As vendas de novas cotas também avançaram, 22,7%, com o crescimento de 99 mil (jan-mai/2018) para 121,5 mil (jan-mai/2019).

No acumulado de contemplações e nos créditos concedidos houve contemplados que optaram pela formação de patrimônio, enquanto outros o ampliaram. Houve também quem escolheu comprar imóveis para locar com o objetivo de obter rendimentos extras e melhorar sua renda mensal antes ou durante a aposentadoria. No total acumulado nos cinco meses deste ano, houve alta de 6,6% com 29,6 mil (jan-mai/2018) passando para 31,55 mil (jan-mai/2019). Os relativos créditos concedidos aumentaram 6,4%, de R$ 2,97 bilhões para R$ 3,16 bilhões.

Website: http://www.abac.org.br

Acompanhe-nos nas Redes Sociais