Mesmo em ritmo menor, construção segue demitindo em abril

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Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel

O ritmo de queda do emprego na construção arrefeceu em abril, mas continuou em queda pelo 31º mês consecutivo. Foram eliminadas 874 vagas em todo o Brasil em abril, queda de 0,04% em relação a março. O estoque de trabalhadores no setor permaneceu na casa dos 2,47 milhões. Na comparação com abril de 2016, houve queda de 12,94%. Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões. Desconsiderando os efeitos sazonais*, a queda é de 0,90% em abril (-22.382).

Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Embora o ritmo da queda do emprego na construção venha se reduzindo nos últimos três meses, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, não acredita em reversão imediata da tendência. “Sem novos investimentos e com a confiança dos investidores e das famílias novamente retraída em função da crise política, a perspectiva é de continuação do declínio do nível de emprego no setor”, afirma.

Em consequência, Romeu Ferraz julga primordial a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. “Se acontecerem, estas aprovações sinalizarão aos investidores que a política econômica de reequilíbrio das contas públicas e de estímulo à segurança jurídica nas relações trabalhistas segue firme, independentemente de quem esteja sentado na cadeira presidencial.”

Segmentação
Em abril, na comparação com fevereiro, os segmentos que mais apresentaram queda foram Obras de instalação (-0,67%) e Imobiliário (-0,33%). Apresentaram alta no mês Infraestrutura (0,89%) e Preparação de Terreno (0,29%).

Em 12 meses, as maiores baixas são Imobiliário (-16,17%), Obras de acabamento (-13,50%) e Infraestrutura (-13,10%).

Por regiões
Das cinco regiões do Brasil, três registraram queda: Norte (-1,05%), Nordeste (-0,53%) e Sudeste (-0,08%). Já as Sul e Centro-Oeste registraram alta de 0,26% e 1,61%, respectivamente.

No Sudeste, as quedas se concentraram no Rio de Janeiro (-0,65%) e São Paulo (-0,05%). Já O Espírito Santo e Minas Gerais tiveram alta de 0,79% e 0,17%, respectivamente.

Na região Norte, Roraima (-2,80%) e Pará (-1,88%) registraram queda. Na outra ponta, o Tocantins teve alta de 1,86%.

No Nordeste, os estados que tiveram as maiores baixas foram Piauí (-2,02%) e Pernambuco (-1,20%). Registraram alta Maranhão (0,77%) e Alagoas (0,38%).

No Centro-Oeste, apenas Mato Grosso do Sul teve baixa (-0,96%), enquanto Mato Grosso (-3,46%), Goiás (2,66%) e Distrito Federal (0,42%) tiveram variação positiva no saldo de trabalhadores em abril.

Já no Sul, todos os estados tiveram alta, resultado oposto ao do mês anterior: Paraná (0,19%), Santa Catarina (0,51%) e Rio Grande do Sul (0,12%).

Estado de São Paulo
Em abril houve queda de 0,05% no emprego em relação ao mês anterior. O estoque de trabalhadores foi de 684,8 mil para 684,4 mil em março (-368). Em 12 meses, são menos 90.430 trabalhadores no setor (-11,67%).Desconsiderando a sazonalidade**, houve redução de 0,96% (-6.596 mil vagas).

Na comparação abril contra março houve queda nos segmentos Obras de instalação (-1,23%) e Incorporação de imóveis (-0,15%). Por outro lado, houve alta em Preparação de terrenos (1,28%), Imobiliário (0,38%) e Engenharia e arquitetura (0,31%).

Na capital, que responde por 43,19% do total de empregos no setor, a queda em abril na comparação com o mês anterior foi de 0,23% (-680 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de 13,98% (-48.038 vagas).

Entre as Regionais do SindusCon-SP, as maiores altas foram em São José dos Campos (1,04%) e Bauru (0,53%). Por outro lado, houve queda em Santos (-2,73%) e Presidente Prudente (-1,16%).

*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.

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