Indicadores Abrainc-Fipe apontam queda na oferta de imóveis

  • Compartilhe!

De novembro de 2015 a janeiro de 2016 foram lançadas 19.390 unidades, recuo de 14,8% quando comparado a novembro de 2014 a janeiro de 2015

Por Redação Sonho do  Primeiro Imóvel

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) divulgou os Indicadores Abrainc-Fipe – que trazem os dados nacionais do mercado imobiliário – entre os meses de novembro de 2015 a janeiro de 2016. Segundo os estudos, foram 19.390 unidades lançadas no período, recuo de 14,8% quando comparado a novembro de 2014 a janeiro de 2015. Considerando o acumulado de 2016 (janeiro), os lançamentos totalizaram 1.697 unidades, 4,3% superior ao observado no primeiro mês do ano anterior.

As vendas somaram 24.293 unidades, queda de 16,6% na comparação com as vendas do mesmo trimestre anterior. Esse patamar representa também diminuição de 21,8% frente ao que foi vendido no mesmo período de 2015.

Entre novembro de 2015 e janeiro 2016 foram entregues 27.869 unidades, retração de 39,2% frente ao número de unidades entregues no mesmo período do ano anterior. No que se refere ao acumulado do mês de janeiro, as entregas somaram 7.366 unidades e tiveram recuo de 25,2% ao observado na mesma base de 2015.

Segundo o vice-presidente executivo da Abrainc, Renato Ventura, o acréscimo no número de unidades lançadas se concentra mais no segmento de moradias de baixa renda. “Ainda assim, todo o estudo mostra um cenário em que a instabilidade política tem atrapalhado muito o País e, como consequência, o mercado imobiliário, que necessita da confiança das pessoas na economia para tomar a decisão de compra”, afirma.

Os dados das 19 empresas participantes do estudo mostram também que o mercado disponibilizou 111.674 unidades para compra ao final de janeiro. No trimestre compreendido entre novembro de 2015 e janeiro de2016 foi vendido o equivalente a 19,3% da oferta do período, percentual que representa uma queda de 3,5 pontos percentuais face ao observado no trimestre encerrado em janeiro de 2015.  Com isso, estima-se que a oferta atual se esgotaria em cerca de 15,5 meses.

Distratos

O indicador de distratos revela que, no acumulado de 2016 (janeiro), o total de unidades distratadas foi de 2.804, 26% inferior às devoluções observadas em janeiro de 2015. Já entre novembro de 2015 e janeiro de 2016, foram distratadas 11.854 unidades, aumento de 6,9% frente ao número absoluto no mesmo trimestre anterior.

Se forem considerados os distratos como proporção das vendas por safra de lançamento, a taxa das unidades vendidas no primeiro trimestre de 2014 apresenta o índice mais elevado da série histórica, 15,7%.

De acordo com Ventura, quando os números de distratos de imóveis são comparados por safra, é possível fazer um acompanhamento do indicador de forma mais consistente, já que o setor imobiliário é cíclico.

O executivo ressalta, ainda, que o acréscimo de distratos, referente ao trimestre deste estudo comparado ao do período anterior, é explicado pela conjuntura desafiadora da economia, a qual difere da anterior quando da aquisição do imóvel na planta foi efetuada. “No entanto, analisamos também queda no montante por safra, no comparativo de um ano ao outro, o que afirma a tendência de queda no número absoluto. A nova geração de compras enfrenta outro cenário”, diz.

Região Nordeste

No trimestre terminado em janeiro de 2016, foram lançadas na Região Nordeste 3.900 unidades, o que representa participação de 20,3% em relação ao mercado nacional entre novembro, dezembro de 2015 e janeiro de 2016. Já em relação às vendas, a região representou 12,7%, finalizando o trimestre em referência com três mil unidades vendidas.

Os dados do Nordeste mostram, também, que 4.200 unidades de imóveis novos foram entregues, com participação de 15,1%. A oferta final da região no trimestre encerrado em janeiro de2016 era de 17.100 imóveis, sendo a representatividade de 15,6%.

 

MAIS SOBRE O ASSUNTO...

Acompanhe-nos nas Redes Sociais