Emprego na construção cai pelo 30º mês seguido

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Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel

Setor da construção perdeu 9.983 vagas em todo o Brasil em março, queda de 0,40% em relação a fevereiro. Esta é a 30ª queda consecutiva, deixando o estoque de trabalhadores no setor em 2,47 milhões. Na comparação com março de 2016, houve queda de 13,44%. Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões – queda de 1,1 milhão de postos de trabalho. Desconsiderando efeitos sazonais*, a queda é de 1,04% em março (-26.308).

Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

“O emprego na construção civil continua caindo em todas as regiões do estado de São Paulo e do país”, observa o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. “O único dado positivo é uma ligeira retomada nos escritórios de engenharia e arquitetura, atividade antecedente de novas obras. Entretanto, em outra atividade antecedente, a de preparação de terrenos, segue a queda no emprego”, acrescenta.

Segundo o presidente do SindusCon-SP, o setor aguarda a aprovação das reformas e o lançamento do programa Avançar, pelo qual o governo pretende investir, até 2018, R$ 59 bilhões, dos quais R$ 22,7 bilhões em obras do setor de transportes. “Mesmo assim, uma retomada maior do emprego na construção somente deverá ocorrer em 2018”, prevê.

Segmentação 

Em março, na comparação com fevereiro, os segmentos que mais apresentaram queda foram Obras de acabamento (-1,31%), Imobiliário (-0,93%) e Incorporação de imóveis (-0,50%). Apresentaram alta no mês Infraestrutura (0,29%) e Engenharia e arquitetura (0,12%).

Em 12 meses, as maiores baixas são Imobiliário (-16,93%), Infraestrutura (-13,57%) e Obras de acabamento (-13,41%).

Por regiões

Todas as regiões do Brasil registraram queda: Norte (-0,73%), Nordeste (-0,53%), Sudeste (-0,40%), Sul (-0,32%) e Centro-Oeste (-0,03%).

No Sudeste, as maiores quedas foram São Paulo (-0,76%) e Rio de Janeiro (-0,51%). O Espírito Santo e Minas Gerais tiveram alta de 1,33% e 0,27%, respectivamente. Na região Norte, Rondônia (-2,29%) e Amazonas (-1,81%) registraram queda. Na outra ponta, Roraima teve alta de 0,43%.

No Nordeste, os estados que tiveram maiores baixas foram Maranhão (-2,11%), Sergipe (-1,75%) e Ceará (-1,67%). O único estado a registrar alta foi Rio Grande do Norte, com 2,60%. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul teve alta de 1,29%, enquanto Mato Grosso (-0,66%), Distrito Federal (-0,31%), Goiás (-0,09%) e Distrito Federal (-0,31%) tiveram variação negativa no saldo de trabalhadores.

Já no Sul, todos os estados tiveram baixa: Paraná (-0,37%), Santa Catarina (-0,04%) e Rio Grande do Sul (-0,49%).

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