4 de dezembro de 2015
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
A concretização do sonho de adquirir a casa própria certamente ficou mais distante em 2015, principalmente para a grande parcela da população brasileira que necessita de crédito imobiliário para atingir esse objetivo. Isso porque o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis deve encerrar 2015 entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões, queda de até 25% em comparação aos empréstimos concedidos em 2014, que chegaram a quase R$ 113 bilhões. A previsão foi confirmada pelo ex-presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) Octavio de Lazzari Junior durante evento promovido pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) e Federação Internacional Imobiliária (Fiabci-Brasil).
Segundo Lazzari, os quatro pilares de sustentação do financiamento de imóveis são emprego, confiança do tomador de empréstimo, rendimento real e inadimplência. “Infelizmente, todos eles estão abalados. É fundamental que sejam resgatados para que o setor consiga retomar suas atividades”, afirma.
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ex-presidente da Abecip Octavio de Lazzari Junior
Outro problema apontado por Lazzari foi em relação ao funding (fontes de recursos do setor), ressaltando o esvaziamento da poupança, cujos saques em 2015 foram da ordem de R$ 54 bi, deixando um saldo de R$ 499 bi até outubro. “Enquanto a Selic estiver alta, as pessoas continuarão tirando dinheiro da poupança para investir em aplicações que aproximem seus rendimentos à taxa de juros.”
Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, fez um pequeno balanço do setor. “Deveremos encerrar 2015 com queda de 38% em lançamentos, 20% em vendas e uma alta de 5% no estoque de unidades prontas, na planta e em construção. Em nível nacional, os lançamentos devem se retrair 24% e as vendas, 7%”, estima. O executivo considera, ainda, que é o momento de, novamente, as empresas se reinventarem, lançarem tipologias, encontrarem nichos de mercado e novas formas de trabalho, de forma a continuar cumprindo o fundamental papel social da industrial imobiliária, que é o de ofertar moradia.
O presidente da Fiabci-Brasil, Rodrigo Luna, disse que só haverá retomada do crescimento do País e do setor quando houver os indispensáveis ajustes na economia e a crise política for equacionada.
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