Faça seu ajuste fiscal e garanta o pagamento em dia do financiamento imobiliário

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Por Danilo Vivan

‘Ajuste fiscal’ tem sido a palavra de ordem no governo federal. Basta abrir um jornal ou um site sobre economia que o leitor certamente encontrará a expressão algumas vezes. Diz respeito, basicamente, a aumentar arrecadação de um lado e/ou cortar custos de outro para pagar o custo financeiro (juros) de uma dívida, de modo a que esta não aumente até ficar sem controle.

Mas o termo não precisa se restringir ao governo. Para uma pessoa comum, interessada em comprar um imóvel, fazer um ajuste pessoal fiscal pode ser o caminho para economizar e conseguir dar entrada num imóvel; afinal, em tempos de alta nos juros para financiamento imobiliário, dar uma boa bolada como entrada pode ser um ótimo negócio (na medida em que sobre uma parte menor do valor para financiar). Pode ser, também, uma forma de garantir que o pagamento das prestações não atrase, levando à temida inadimplência.

“Momentos de incerteza, como o atual, são uma boa oportunidade para saber pra onde está indo o dinheiro”, afirma o professor Ricardo Humberto Rocha, do Insper, autor de diversas obras sobre Finanças Pessoais.

Para fazer esse ajuste, ele recomenda, em primeiro lugar, analisar a última declaração de Imposto de Renda, entregue à Receita Federal, um excelente parâmetro detalhando despesas e receitas ao longo de 2014 – confira na ilustração. Vale, também, buscar as últimas faturas de cartão.ajuste_fiscal

Do lado das receitas, o professor do Insper recomenda aos que já estão empregados buscar uma ocupação extra, como freelancer ou comercializando algum produto, por exemplo. Ele exemplifica a questão com o caso de um workshop de Finanças Pessoais que ministrou a um grupo de técnicos de Tecnologia da Informação (TI). Esses profissionais podem dar aulas de Informática para complementar a renda. Com cinco alunos, quatro aulas por mês e um custo de R$ 50 por aluno por aula, a renda-extra será de R$ 1 mil por mês. Um excelente reforço no pagamento da prestação de um imóvel.

Ricardo Humberto Rocha

professor Ricardo Humberto Rocha, do Insper

Nas despesas, a dica é ficar atento a uma lista de três grupos de custos prioritários nos quais é difícil mexer: moradia (o próprio financiamento imobiliário, condomínio), educação (escola dos filhos) e saúde (remédios, plano de saúde). Fora desses grupos, é possível cortar despesas com lazer (restaurantes, viagens, pay per view na TV) e até mesmo vender um carro, se a família possui dois veículos. Tudo depende, claro, da situação financeira e do grau de disposição da família pra aceitar algum sacrifício.

Por fim, o professor Rocha lembra que, no contexto do Ajuste Fiscal familiar, vale não dar um passo maior que a perna na hora de realizar o sonho do imóvel. “É comum uma família comprar um apartamento maior e querer mobiliá-lo completamente, acabando com toda a poupança que possui como reserva. No entanto, é importante ter alguma reserva de emergência” Essa reserva, segundo o professor, deve corresponder a seis meses de despesas da família – incluindo cursos, escola dos filhos, alimentação, plano de saúde e outras. Por exemplo, se essas despesas são de R$ 10 mil mensais, a reserva deve corresponder a R$ 60 mil.

Para fazer seu ajuste-fiscal pessoal, o Sonho do Primeiro Imóvel preparou uma tabela na qual é possível lançar suas receitas e despesas.

Baixe a  Tabela_ajuste Fiscal Pessoal

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