Valor dos imóveis apresenta queda real

  • Compartilhe!

Índice medido pela Fipe em 20 cidades brasileiras aponta variação dos preços menor do que a inflação

Por Fabio Penteado

A Fundação Instituto de Pesquisa (Fipe) divulgou, na última quarta-feira, 06 de maio, o índice FipeZap, que acompanha o preço de venda dos imóveis em 20 cidades brasileiras. De acordo com a pesquisa, houve um aumento de 5,25% no período de 12 meses terminado em abril deste ano. O resultado aponta que foi a quarta vez consecutiva que houve variação menor do que a inflação nessa base de comparação, configurando, assim, queda real de preços. Foi também a sexta vez consecutiva que o índice registrou queda real na base de comparação mensal.

Após o resultado de abril, o Índice FipeZap Ampliado registra um crescimento acumulado em 2015 de 1,08%. No mesmo período, a inflação esperada para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE) – é de 4,55%. Dessa maneira, o preço médio anunciado do metro quadrado para venda nas 20 cidades pesquisadas ampliou sua queda real para -3,47% nos quatro primeiros meses de 2015. No ano, todas as 20 cidades que compõem o Índice FipeZap registraram variações menores do que a inflação, sendo que Niterói (RJ), Brasília (DF) e Curitiba (PR) apresentaram queda nominal nesse mesmo período.

O valor médio anunciado do metro quadrado das 20 cidades em abril deste ano foi de R$ 7.590. Os municípios com os metros quadrados mais caros continuam sendo o Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), R$ 10.653 e R$ 8.570, respectivamente. Já Contagem (MG), com R$ 3.516, e Goiânia (GO), R$ 4.155, são as localidades que apresentaram os menores preços por metro quadrado.

Economista da Fipe, Raone Costa

Economista da Fipe, Raone Costa

Na opinião do economista da Fipe, Raone Costa, para a aquisição de imóvel o cenário hoje é melhor do que aquele verificado há um ano. “Para quem tem dinheiro guardado trata-se de um bom momento”, afirma. Ele, contudo, sem estipular prazos, faz uma ressalva. “A tendência para os próximos meses é a de que os preços continuem em queda”, diz.

MAIS SOBRE O ASSUNTO...

Acompanhe-nos nas Redes Sociais