Novas diretrizes do Minha Casa Minha Vida 3 atendem parcialmente demandas da construção civil

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Para o SindusCon-SP a redução de unidades nas faixas 2 e 3 e o cadastro habitacional preocupam

Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel

O governo federal realizou ontem (30/03) o lançamento oficial da fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida. Serão mais de 2 milhões de unidades em todo o país prometidas até 2018. Nos próximos dois anos serão investidos cerca de R$ 210,6 bilhões, dos quais apenas R$ 41,2 bilhões são do Orçamento Geral da União – R$ 39,7 bilhões serão de subsídios do FGTS e R$ 129,7 bilhões de financiamentos do FGTS.

Entre as mudanças anunciadas estão: a criação do Sistema Nacional de Cadastro Habitacional, que reunirá a lista dos interessados em adquirir as unidades habitacionais, para distribuição das moradias pelas regiões do país e sorteio dos beneficiários nas faixas 1 e 1,5; e a redução das metas da faixa 2 (de 315 mil para 180 mil unidades) e da faixa 3 (de 98 mil para 70 mil) para 2016. Além disso, o MCMV3 criou a faixa 1,5, destinada para famílias que ganham até R$ 2.350,00.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) participou das conversações que antecederam a definição das principais diretrizes desta nova fase, no entanto, algumas decisões forma tomadas à revelia do mercado.

Segundo o vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, Ronaldo Cury, essas medidas poderão ser prejudiciais às empresas. “Se o sorteio demorar, a análise de crédito perderá a validade. Além disso, o mercado não esperava essas reduções de unidades, pois vinha obtendo resultados satisfatórios justamente nas faixas 2 e 3”.

O governo anunciou 500 mil unidades para a faixa 1, 500 mil unidades para a faixa 1,5, 800 mil unidades para a faixa 2 e 200 mil unidades para a faixa 3. “O que preocupa é que já foram consumidas 350 mil unidades do faixa 2 e sobraram 450 mil unidades para os próximos três anos. Isso é muito pouco”, acrescenta Cury.

Em quatro anos, a meta será de contratação de 2 milhões de moradias, sendo 480 mil em 2016. Destas, 110 mil na faixa 1 (renda familiar até R$ 1.800), 120 mil na nova faixa 1,5 (renda até R$ 2.350 e subsídio de R$ 45 mil), 180 mil na faixa 2 (renda de R$ 2.350 a R$ 3.600 e subsídio de até R$ 27,5 mil) e 70 mil na faixa 3 (renda de R$ 3.600 a R$ 6.500, sem subsídio).

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